terça-feira, 8 de junho de 2010

"Whatever Works"-o novo filme do Woody Allen- X "Sonhos Eróticos de um Noite de Verão" -do mesmo



Primeiramente, são dois filmes fantásticos do Woody Allen, um de 2009, um de 1982. Os dois tratam de relacionamentos e é incrível como parece que ele mudou de ideia sobre estes.

Pra quem não assistiu: Em "Sonhos Eróticos" havia um problema sexual entre marido e mulher: fazia seis meses que não conseguiam fazer sexo. Tentavam muito, mas a esposa não conseguia, por mais que tentasse. Chegam para passar o fim de semana na casa deles dois casais: um filósofo com um pensamento super científico com sua noiva, Mia, e um médico com uma enfermeira "moderna" que seduziu no trabalho. Acontece que Mia era um amor antigo do marido, representado pelo Woody Allen, e ele fica totalmente mexido com a sua presensa, já que quando jovens tiveram uma noite perfeita naquele mesmo lugar para fazerem sexo mas o Woody Allen ficou acanhado. Então nunca mais esqueceram dessa oportunidade perdida e especulavam como suas vidas teriam sido diferentes se tivessem feito naquela noite. O filósofo, como irá se casar, quer ter uma noite louca e animalesca com a enfermeira, jovem e "moderna" (o é por dormir com o médico no mesmo quarto sem serem casados). O médico se apaixona loucamente por Mia, a tenta seduzir de qualquer forma, não consegue e até tenta suicídio. Ninguém quer a esposa do Woody Allen. No final, o Woody Allen transa com a Mia e os dois se arrependem profundamente, foi muito ruim. O médico seduz Mia mas é morto com uma flecha pelo filósofo, e este morre enquanto faz sexo selvagem com a enfermeira. No leito de morte, o médico assume para Allen que fez sexo com a sua esposa na fazenda. Woody Allen fica perplexo e deixa seu amigo, vai falar com a sua esposa e pergunta se é verdade. Ela disse que sim, e que isso tinha ficado como um peso nas suas costas, o que a levou a não conseguir fazer sexo com ele. Os dois o fazem na hora e dá tudo certo! Enfim, é mais ou menos esse o enredo.

Aparentemente, Woody Allen, nesse filme, valoriza o casal, a monogamia. No final, o casamento ficou junto e o problema, na verdade, foi a culpa, e não o desgaste do relacionameto. É bem diferente do seu novo filme, "Whatever Works". Nesse os relacionamentos se desgastam, mudam, o amor muda, os interesses mudam, as pessoas descobrem coisas novas sobre si mesmas. Tem até um, como isso chama mesmo? Sei lá, um casal de três, como em Vicky, Cristina e Barcelona. O engraçado é que, dessa vez, ao invéz de duas mulheres eram dois homens.

Claro, os filmes são bem mais ricos em outras questões, mas o foco foi na diferença, pra mim, grande entre esses dois filmes em questão aos relacionamentos. E como o Woody Allen faz falta interpretando seus filmes... Se bem que esse ator foi o autêntico Woody Allen, perfeito!

p.s.: faz bastante tempo que eu assisti a esses filmes! ;D

domingo, 9 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas, da Walt Disney



Gostaria de pontuar que, primeiramente, gostei do filme. Não acho que ele seja pura ação, como houvi de alguns colegas, é carregado de símbolos, provavelmente como o livro original da Alice. Ah, é bom lembrar que é uma mistura entre "Alice no País das Maravilhas" e "Alice no Espelho" amigos meus que leram me disseram. Enfim.

Para mim, o filme já traz uma interpretação pronta: que o drama que Alice vive está representado no País das Maravilhas: a Rainha de Copas é sua sogra, o chapeleiro, pela dança estranha e pelo cabelo ruivo, seu noivo, e a batalha entre os dois reinos uma batalha interna em Alice para decidir o seu futuro, na verdade ainda mais: decidir quem ela é. O dragão, nessa lógica, o desafio de fazer essa escolha. O diretor deixou pistas claras para tirarmos essas conclusões, se foi intencional.

No fim (se você não assistiu, não leia), Alice opta por se tornar, quem sabe, burguesa, já que não se casa com o conde e trabalhará na empresa criada pelo pai, expandindo os seus negócios. Foi uma escolha de classe? Ela preferiu a burguesia à aristocracia? Eu acredito que sim, dado que a história se passa no séc. XIX. Posso estar redondamente enganada, mas essa história me parece "enquadrada" no seu momento histórico, do romantismo. É um sujeito, herói, e burguês. De acordo com a minha interpretação do que o diretor quis passar, o "sonho" foi um conflito interno passado dentro de Alice para ela fazer uma escolha, no fundo, uma escolha de classe. E o romantismo foi um movimento extremamente internalizante. A burguesia estava crescendo...

Outra frase que me chamou muito a atenção foi uma da reflexão da rainha de copas: "é melhor ser amada ou temida?", pensando sobre como agiria com seu poder. Me lembrei de Maquiavel, mas não sabia se a frase era dele. Olhei no Google e lembrei certo! Frase de Maquiavel (séc. XVI). Será que esta frase está no livro? Quero imensamente lê-lo. No final, a rainha decide que é melhor ser temida, percebendo que as pessoas que a cercavam estavam com ela apenas por interesse, eram falsas.

Taí outra coisa mencionável: os seguidores da rainha de copas. Tinham partes do corpo gigantes, salientes, cada um com uma diferente. Entretanto, eram falsas. Minha leitura foi que a aristocracia fingia ter habilidades (tocar, cantar, ler, etc) para ter um status, e, no fundo, tudo era uma grande mentira. Ah, claro, a cabeça gigante da rainha de copas é mencionável. Mas, além de, quem sabe, inteligência, não consigo pensar numa razão especial para ela. Sede pelo poder, talvez. Uma cabeça maquiavélica (piadinha).

Há vários outros aspectos que, agora, não parecem tão importantes. Guardarei-os na memória enquanto esta permitir.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Como treinar seu dragão

Primeiramente, resolvi assistir a esse filme depois que eu vi os olhos meigos do dragão "gatinho", como diria a minha irmã. Sei que esse é o intuito desses olhinhos cativantes, fazer com que pessoas assistam ao filme por conta deles, mas foram irresistíveis. Até que valeu a pena.
Como todo filme infantil, tem o personagem fracassado, desenquadrado, apai-
xonado pela menininha bonita e que vira o herói no final (me desculpe se você
quisesse assistir ao filme e eu estraguei), mas esse teve algo a mais.

















Primeiramente, não foi 100% aquele negócio americano, "Avatar", de o herói que salva os dragões oprimidos. Foi, também, mas com uma sutil diferença: o menino feriu o dragão, querendo matá-lo, mesmo que isso não tenha ficado tão evidente. Depois fica claro que com sua ciência e tecnologia concerta a "asa" ferida do dragão, mas para corrigir um erro que ele fez. Pensando bem, isso também tem nesses filmes "Avatar", mas o que me intrigou é o fato de não ficar evidente que foi o garoto que o feriu, quem assiste tem que pensar um pouco (o que quase
sempre vem pronto nos desenhos infantis) para ver.
Em segundo lugar, o garoto não sai imune da batalha, e perde uma perna!! Cara, o personagem principal de um desenho infantil nos tempos de hoje saiu sem uma perna! Muitos pontos para esse filme, vamos trazer mais realidade às crianças! Foi "bonitinho", o menino ficou com uma deficiência assim como o dragão também.

Saindo do filme, encontrei umas amigas da minha irmã (que tem 13 anos) e perguntei se aviam gostado do filme. Elas disseram que sim, menos do final, em que ele perde uma perna... Sabe, eu acho que nossos contos de fadas estão Disney demais, a vida não é só flores.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

A última noite de boris grushenko



Bom, como faz tempo que assisti a esse filme (dois dias), não será a melhor postagem...


Dele eu concluí que o Woody Allen pensa muito em sexo. E em morte.

(Aliás, o título em inglês é "Love and Death", talvez isso já tivesse dado uma pista)

Tinha assistido, antes desse filme, "Dorminhoco", também do Woody Allen. Foi um filme fantástico, mas que acabava só com a certeza de que sexo é bom e que a morte é certa. Não, eu AMO os filmes do Woody Allen, na maioria, e amei "Dorminhoco". Só achei que teria algo no final. "A última noite de Boris Grushenko" é uma ótima comédia, crítica, irônica, sarcástica. Mas parece que ele não quer dar respostas certas. Talvez isso seja certo, mesmo. Que chatice seria se a resposta viesse pronta, que pedagogicamente chato.


Precisaria rever o filme para escrever mais.