segunda-feira, 27 de junho de 2011

Meia Noite em Paris

Antiontem (ou há mais tempo) assisti ao novíssimo filme do Woody Allen, "Meia Noite em Paris". Amei o filme! O filme conta a história de um escritor, melhor dizendo, de um roteirista de Hollywood, casado. Ele ama Paris, ela quer voltar aos EUA, pois lá ele ganha bem. Está escrevendo um romance sobre um homem que é dono de uma loja de antiguidades e vive no passado, está escrevendo sobre ele. Ou melhor dizendo, Woody Allen fez um filme sobre ele que escreve sobre ele.

O personagem principal, Gil, quer viver no passado, nos anos vinte de Paris. Durante o filme, consegue, digamos, reviver esse sonho enquanto está em Paris. E não conto mais nada para não estragar a surpresa...


É incrível o quanto de Allen tem em seus filmes... Os mesmos conflitos internos de política, por ser de esquerda, de relacionamentos, sempre questiona-os, da vida, hoje. Comparando-o com "Tudo pode dar Certo", e se você não viu "Meia Noite em Paris" não vai querer ler isso, ele novamente termina o seu relacionamento, pois, no final da história, o personagem se transformou, e percebeu que não tinha mais tanto haver com a sua noiva, assim como aconteceu no seu filme lançado no ano passado. Allen está procurando algo que lhe dê sentido, como todos nós.

O interessante nesse filme é que, no final, o personagem descobre que o que o levava a querer viver no passado, é o que levou a todas as gerações anteriores a também quererem viver no passado. Descobre, portanto, que o passado que ele amava só lhe era tão desejado por ser o passado! Então aceita o presente.

Relacionando isso com Freud (virei uma boa aluna de psicanálise), Allen, ou Gil, percebeu que o "falo" não está no passado, e que nunca vamos encontrá-lo mesmo, não importa a época em que você esteja, por mais que hoje tudo pareça uma m...da! :D


Ah, e, claro! Vale muito assistir pelo ótimo humor de Woody Allen!